quinta-feira, 17 de novembro de 2011

UNIR – Apoio já!

Quem se interessa por uma universidade federal lá no Norte do Norte? A resposta deveria ser todos nós. No mínimo, porque podemos nós mesmos nos ver nessa situação. Ou você tem certeza de que começará sua brilhante carreira numa universidade cheia de recursos? Ou você vai somente usar uma universidade menor como trampolim até conseguir algo melhor? Ou, ainda, você que nem pós-graduando é, garante que vai conseguir emprego necessariamente no sul ou sudeste e nunca terá que ir ao Norte, ou que sua empresa nunca poderá transferi-lo para Porto Velho bem no ano de vestibular dos seus filhos?

Deveria ser do interesse de todos a qualidade da educação pública em todo o país. Mais do que isso, deveríamos prezar pela vida uns dos outros. Ao mesmo tempo que chamam o deputado – e uma espécie de ídolo político, para min – Freixo de Fresco ou Frouxo, acham que estar a par e se posicionar contra o que está acontecendo na UNIR, numa das greves mais legítimas que já vi e que está chegando ao absurdo de ter manifestantes sendo ameaçados de morte, é desnecessário.


Isso porque estamos em grandes centros, não corremos perigo, está tudo garantido. Enquanto isso, tem gente que deu o sangue pra se doutorar e que se esforçou pra entrar numa universidade pública ou trabalhar nela, tendo a vida ameaçada. E o que você faz? E o que eu mesma posso fazer, além de acompanhar e divulgar? Eu quero fazer mais, mais do que berrar pro mundo, mais do que assinar o que precisar pra mostrar meu apoio? O que mais eu posso fazer numa Unicamp que tratora seus funcionários e nem olha pros lados? Apoio já, mas como mais?

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Custos de uma Ajuda

No começo eu pensei: ah, só mais uma dessas flame wars que logo passam. Só que uma dada discussão gerou outra que, na verdade, é bem mais produtiva e, portanto, não vou me ater à bobagem que a gerou. A questão é: A que custo devemos acolher certos apoios?

Sempre que se luta por uma certa causa, tenha ela a abrangência que for, desde ajeitar o poste da rua até defender o casamento entre homossexuais, pensamos em quem poderia nos apoiar, oferecer ajuda, construir a luta conosco. Entretanto, raramente uma ajuda vem despojada de interesses e, com ela, carrega a história de quem ajudou. Tais fatores podem alterar consideravelmente os resultados.

Eu, por exemplo, não ligo muito pra dimensões econômicas. O que me define politicamente são as minhas ideologias sobre a sociedade. Ou seja, tanto faz o sistema econômico adotado, se todos tiverem acesso a serviços básicos de qualidade, garantia de seus direitos e vida digna. Não acredito que isso seja possível dentro de um sistema capitalista, mas me mostrem uma boa saída que atenda às condições acima e tá valendo! Sei que muita gente acharia isso entre absurdo e inaceitável e conversaria com elas tranqüilamente sobre o assunto. Posso ser convencida ou não.

Entretanto, há certas coisas que não têm a mínima coerência interna. Imaginem, por exemplo, a Marcha das Vadias. Agora imaginem se um Netinho ou outro agressor de mulheres famoso oferece uma luta conjunta ou que eu recolha entre as Vadias acusações a pedófilos, estupradores e qualquer outra pessoa que possa ser acusada de um crime contra mulher. Não parece estranho? Eu não deveria suspeitar?

Se eu aceitasse prontamente esse apoio, não deveria ser alvo de críticas? Como assim, eu aceitando ajuda de alguém que sabidamente viola direitos alheios? Deveria eu ir acreditando na boa fé dele? Acho que não, heim.

Acredito que refletir e questionar façam muito bem. Você acredita que os motoristas estejam te vendo e atravessa a rua sem olhar pros lados, porque é obrigação deles te ver? Acho que não, né? Analogamente, não faz sentido aceitar a mão estendida de quem é perfeitamente capaz de te deixar cair depois simplesmente porque tem preconceitos contra você.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Um genial amigo meu deu uma pequena enorme contribuição ao verbete da Câmara dos Deputados do Brasil, na Wikipédia. Confiram, lendo o primeiro parágrafo:



O verbete logo foi alterado, mas ele voltou a contribuir, com um relevante comentário no final:


Fica aí a sugestão de um ótimo protesto virtual. Para conferir todas as alterações, basta consulta o histórico da Wikipédia.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

A arrogância da velhice ou Ilusão de onisciência

Conforme os anos passam, a minha impressão é que as pessoas vão se acreditando assustadoramente mais próximas da onisciência. Creio que a lógica seja: "já vivi muito, já vi muita coisa, então não há mais nada de novo pra ver".

Quando vc é criança, é natural pensar assim. O mundo é o que vc vê. Cada coisa é uma novidade, algo que vc pensava que não existia. Conforme vc vai crescendo, vai vendo que não é bem assim, que há muita coisa que vc não sabe, que vc nunca viveu.

Na juventude, vc começa a viver as coisas e tirar suas próprias conclusões... Essa é a sua época. Quando as pessoas dizem "ah, eu sou da época em que chovia canivetes", elas querem dizer que, quando elas eram jovens, canivetes caíam das nuvens.

Aí, em algum momento, vc começa a achar que suas conclusões estão irredutivelmente certas. É quando vc fica velho. Começa a definir permanentemente sua posição política, suas opiniões sobre economia, sua religião, alguns preconceitos se tornam verdades absolutas, seus ídolos passam a ser pra sempre os mesmos, vc começa a dizer que não apareceu mais ninguém.

Claro que isso não acontece de uma vez. Acontece com cada assunto separadamente. E creio que algumas dessas "onisciências" sejam saudáveis. Por exemplo, eu defini que vou ser matemático. Vai ser muito difícil mudar minha opinião e eu querer ser outra coisa. Já li muito sobre outras áreas, sobre outros empregos e decidi que vale a pena arriscar: nenhuma profissão será melhor pra mim. Se eu não fizesse isso, ia ficar o tempo inteiro procurando por algo melhor e não ia me focar na profissão que escolhi. Ou isso tudo é uma pseudo-onisciência imbecil minha e eu seria um excelente e satisfeito médico se tentasse. Mas provavelmente não. Acho.

Já há muitos anos penso nesse assunto, mas ele me veio à mente quando li esse texto. No texto em questão, o autor argumenta que a máquina de escrever foi uma revolução maior que o computador para os escritórios (ahn?) e que as pessoas de hoje em dia "catam milho" na hora de digitar porque nunca cursaram datilografia.

É um caso claro de ilusão de onisciência. Também chamado de egocentrismo. Faço a seguinte estimativa: ele deve conviver com dois tipos de pessoas: pessoas da época da datilografia (geração dele ou anterior) e pessoas da época de transição entre datilografia e computador, isto é, quando computador era novidade, máquina de escrever tava virando velharia e não existia internet - ou era algo bem inacessível (geração imediatamente posterior à dele).

Essa geração de transição não precisou esmurrar máquinas de escrever, mas também não usa (muito) msn, gtalk, twitter, facebook, entre outros que sou velho demais pra conhecer. As gerações mais recentes usam esses programas O TEMPO INTEIRO. As pessoas mais novas (que tem acesso a computador - em breve, praticamente todo mundo) marcam compromissos, conversam sobre relacionamento, assistem aulas, trabalham, pesquisam, tudo isso no computador, enquanto deixam sua rede social preferida aberta na outra janela. Digitar não é mais uma necessidade profissional, como datilografar era. Faz parte do dia-a-dia. Eu duvido que eles digitem devagar. A não ser que, de fato, não precisem digitar rápido, porque usam atalhos e coisas do gênero, recursos que não existiam na época das máquinas de escrever.

O autor do texto, como muitas outras pessoas, chegou à velhice retomando a visão infantil: acha que o mundo é só o que ele conhece. Acha que não há mais nada a aprender. Ele está errado.

Por isso, tomem cuidado, leitores. Não sei se isso de fato acontece com todo mundo. Talvez seja até bom que aconteça. Mas tentem adiar, mantenham sua percepção do novo ativa. Ou pelo menos tenham ciência de que isso está acontecendo com vc e não saiam enaltecendo velharias pela net.

Deixei alguns comentários sobre o texto no próprio site, é só procurar lá por "Kronno". Mas, se não tem ctrl+f na sua máquina de escrever... foi mal.

domingo, 14 de agosto de 2011

Ensino superior: por que não levar a sério?

A Amanda resolveu passar a postar textos mais sérios. Resolvi experimentar, também, pra tentar manter alguma identidade no blog. Como não entendo muito de política, resolvi falar sobre algo que (acho que) entendo: ensino.

Desde moleque, gosto de ensinar. Sempre quis ser professor, escolhi ser professor de matemática porque sempre foi minha matéria preferida. Mas gosto de ensinar qualquer coisa que eu saiba (às vezes algumas coisas que não sei, também).

Em algum momento, descobri que queria ser pesquisador e professor de matemática... mas professor de ensino superior, não de ensino básico. Por um motivo muito simples: os alunos de matemática de ensino superior estão em geral mais interessados em aprender do que alunos de ensino básico. As aulas de ensino básico precisam prender a atenção dos alunos com outras coisas que não sejam matemática, porque, afinal, matemática é um saco (pelo menos pra maioria). Eu não queria isso. Eu queria prender a atenção dos meus alunos com matemática. Ok, quero ser professor universitário, então.

Terminei a graduação (licenciatura, como acho que ficou claro), mestrado e agora estou no doutorado. E, até agora, NINGUÉM me preparou pra ser professor universitário de matemática. Claro que tive bons (e ótimos) professores, com quem aprendi por observação, mas algo mais objetivo teria sido muito bom. Pra ser pesquisador, até que fui e estou sendo preparado (com ressalvas), mas ninguém me deu nenhum tipo de dica do que fazer ou como fazer pra ensinar matemática na faculdade. E o motivo é muito simples: ninguém sabe como fazer isso! Cada um faz do seu jeito, sem nem pensar no que está fazendo. Até onde sei, não há formação para professores de ensino superior, pelo menos no Brasil.

Há uma cultura disseminada (creio que pelo mundo todo) de que professor universitário não precisa ensinar. De que o aluno de faculdade aprende sozinho. Acho, sim, que os alunos de graduação e pós são e têm que ser mais independentes, então não precisam ser levados pela mão o tempo inteiro. Mas, por outro lado, eles têm uma vontade de aprender muito maior, e negligenciar o ensino é um desperdício imenso dessa vontade.

Algumas pessoas dizem que a origem do problema é que a licenciatura não é obrigatória pra professores universitários. Eu discordo. Afinal, a licenciatura não prepara pro ensino superior e nem devia preparar! Assim como não faria sentido preparar professores de ensino médio no ensino médio ou ensinar criancinhas a serem professores primários.

Eu sou a favor de uma formação específica, que poderia ser parte da pós graduação stricto sensu ou não, para professores de ensino superior de cada área. Penso em um minicurso, algo como 4 horas por semana durante dois semestres, por exemplo. Poderia ser uma série de palestras, ou de debates. Algo que fizesse os alunos de pós refletirem sobre questões como: objetivos de um curso, objetivos de uma disciplina, objetivos de uma aula, estruturação de currículos de cursos e disciplinas, didática e avaliação. Tenho detalhes em mente (específicos para minha área), mas fica pra outra oportunidade.

Hoje em dia já existem estágios docentes por aí, que são válidos como experiência, mas que servem bem mais como geradores de mão-de-obra barata pras universidades do que como curso de formação de professores.

Espero conseguir colocar minha idéia (ou alguma melhor, que você pode colocar em um comentário, por exemplo) em prática um dia. Tenho certeza que se certos professores (atuais e futuros) fossem obrigados a refletir pelo menos um pouco sobre o que e como ensinar já ajudaria bastante. Mas sei que vai ser difícil, já que professores que se importam com os alunos não são tão comuns assim. Principalmente entre os que assumem posições de poder.

PS: Já que a Amanda divulgou o twitter (e ficou com mais seguidores que eu!), vou divulgar o meu também: @kronno

sábado, 13 de agosto de 2011

Sobre militância e partidos

Muita gente sabe que tou numa de militância nos últimos anos, mas não me filiei a partido algum e não sei se vou.

Acho que meu principal receio é que, quando uma pessoa se filia, tende a ser vista como porta voz de um partido inteiro e só como isso, ou seja, a pessoa vira “fulano do partido tal”. Não quero isso pra mim. Prezo sobretudo pelas liberdades individuais e realmente me incomodaria ser identificada dessa forma.

Outro ponto é que é muito comum é militantes levarem pautas dos seus partidos pros espaços onde militam. Não deveria ser o contrário? Quer dizer, os militantes não deveriam enxergar as necessidades de certos grupos e levá-las aos partidos e demais militantes? Acho isso uma inversão terrível e muito problemática, porque nem atende ao que a população quer e ainda vem um certo ar de “quero educar você” ou “há causas mais importantes”.

Pode ser ingenuidade minha, mas acho que toda causa merece consideração, seja pra concordar e lutar por ela ou pra discordar e mostrar como é absurdo – por exemplo, o caso do orgulho hétero – e, pra minha satisfação, não é necessário ser filiado a partidos pra se juntar a movimentos.

O ponto principal é: militância é diferente de partidarismo. Todos sabem o quanto simpatizo pelo PSOL, mas, mesmo que um dia me filie, não vou levar pautas pra movimentos que não tenham a ver. O que me interessam são justamente os movimentos mistos e apartidários, como o Pró-pós da Unicamp e a Marcha das Vadias.

O reajuste de bolsas de pós não entrou pra pauta de ninguém e digo que fiquei meio desapontada com os partidos em geral por isso. O Pró-pós, bem como a Marcha das Vadias, não serão instrumentos partidários, mas agradecemos a quem, de direita, esquerda ou centro, quiser nos apoiar, porque são causas que afetam a população, aquela que deveria encontrar representação independente de interesses partidários, certo? Ou entendi tudo de política errado?

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Como assim, INES ameaçado?

Oi, pessoal, estou reativando o blog, mas meu papel aqui será outro. Minhas piadinhas têm timing e o twitter tem dado conta delas. Sob a arroba @podemudar, falo do meu umbigo e um pouco além.

Com tantos IFs em greve, por que falo especificamente do INES? Porque é um instituto dedicado à educação de surdos. E há poucos grupos que sofram mais preconceitos e preconceitos mais profundos na nossa sociedade.

O problema começa já na primeira infância. Implante coclear ou LIBRAS? E nos casos em que o implante não ajuda, o que fazer? Tentar oralizar a criança de alguma forma? LIBRAS?

Eu, particularmente (e outros, é claro – não inventei a roda – mas o assunto é polêmico), sou defensora do uso de LIBRAS e do ensino de português escrito. Estava eu procurando textos sobre a situação específica do INES e não encontrei, mas achei esse artigo e, nele, a seguinte passagem destacada “A LIBRAS é trazida como elemento constituidor dos surdos na relação com outros surdos e na produção de significados a respeito de si, do seu grupo, dos outros e de outros grupos”

É precisamente esse o intuito do INES, como vocês podem ver aqui, de ministrar as aulas em LIBRAS e português como segunda língua, de forma que os alunos possam usar LIBRAS cotidianamente, mas não sejam excluídos por não saber o português escrito. Esse tipo de trabalho realizado na escola tem tudo pra dar muito certo e ajudar muita gente. Ao invés de suprimir, é algo que deveria ter em toda cidadezinha desse país. Digo ainda que é mais importante do q sair fazendo universidade, pra dar educação de base de qualidade pra uma minoria e aí sim esses cidadãos poderem chegar à universidade.

Esse é um textinho preliminar. Escrevo mais quando tiver mais informações e tempo (mestrado e doutorado pressionando).

Edit 1: Pelo que soube por fonte confiável, tentar fechar o ensino básico do INES vem desde o começo do ano. Como isso não tá circulando?

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

***Registro inicializado***

90839040 – 94308

Alguns membros da frota humana têm se destacado como particularmente influentes.

São eles: a Presidente Amanda Baltar, a Almirante Letícia Adama, seu filho e CAG Kronno “Apollo” Adama e o Chefe de Engenharia Jake “Chief” Tyrol.


48370934 - 09843

Dois dos nossos já estão se encaminhando para posições influentes.

Um deles se identifica como Pedro Tigh e já é tido como braço direito do almirante.

Nosso segundo infiltrado é Renato “Starbuck” Thrace, mas, conforme decidido no conselho, ele não está ainda consciente de sua natureza Cylon.

Para que não chamem muita atenção, o agente Pedro também desconhece a verdadeira identidade de Renato.

O plano está em progresso.


38493020 - 90478

Houve um rumor de um relacionamento entre Kronno “Apollo” e Renato “Starbuck” que poderia atrapalhar nossos planos, mas tudo não passou de um boato. Na verdade, Kisnney tem um relacionamento duradouro com a Presidente Amanda.

47820984 – 38901

Efetuamos um grande ataque, com vários raiders e heavy raiders, prontos para infiltrarem centuriões na nave. Os humanos estão confiantes de que não há um Cylon entre eles.

Há controvérsias quanto aos esforços de Pedro Tigh em prol de nossa causa, mas só nos resta confiar em nosso agente, que afirma estar trabalhando de maneira sutil.

Temos um segundo ataque programado.


30974902 – 28901

O segundo ataque teve início, mas, infelizmente, os humanos fugiram.

Contudo, vários Vipers estão destruídos. A população da frota foi reduzida à metade. O dispositivo de controle de salto está avariado e vários pilotos estão feridos (incluindo nosso agente adormecido Renato e o CAG Kisnney).

Seu destino está selado.

A humanidade não sobreviverá.


39026812 – 38901

Tivemos um problema com nossos dispositivos de rastreamento.

Os humanos puderam viajar tranquilamente por vários anos-luz. A Gallactica e vários vipers foram reparados, graças ao esforço conjunto liderado pelo engenheiro Jake “Chief”. Seus feridos foram curados e eles voltaram a patrulhar o perímetro da frota.

Esse erro não poderá se repetir, ou acabarão chegando a Kobol. A humanidade precisa ser aniquilada. Estamos despertando nosso agente adormecido.

O plano continua em progresso.


39030274 – 02784

Os humanos fizeram uma descoberta condizente com suas profecias blasfemas, que ocasionalmente os colocou no caminho correto. Não compreendem que existe apenas um Deus.

E Ele os quer mortos.


38902375 – 39015

Nosso plano está em perigo.

A Presidente Cientista Amanda Baltar desenvolveu um dispositivo detector de Cylons e o usou em nosso agente Renato, revelando sua natureza à frota em seguida.

Para provar sua lealdade, ela renunciou ao cargo de Presidente em uma audiencia pública, passando-o à Almirante e agora também Presidente Letícia. É um momento crítico para nós, já que, graças às ações das presidentes, a moral humana está em alta.

No entanto, seus outros recursos estão escassos. Há falta de comida e combustível. A maioria dos humanos está morta. Ainda temos chances de vitória, mas medidas extremas logo serão necessárias.


83904823 – 39020

Não há mais tempo para sabotagens sutis.

Os humanos estão unidos e próximos de Kobol em demasia.

A hora para o ataque final chegou. Mandamos instruções a nossos agentes Pedro e Renato para que se revelem como Cylons e levem os humanos à sua derrocada.

Eles não sobreviverão.


38902290 – 39012

O agente Pedro, que manipulou politicamente as crises humanas a nosso favor desde o início, aproveitou sua influência para prender o CAG Kronno e, em seguida, se revelar. O CAG conseguiu apoio da frota e saiu da prisão apenas para, em outra oportunidade, o agente Renato hospitalizá-lo, finalmente se revelando e juntando-se a nós.

Falta apenas um salto para os humanos, mas ainda temos muitos recursos disponíveis. Os humanos estão sobrevivendo a base de medidas desesperadas levadas a cabo pela Presidente Almirante Letícia.

O plano continua em progresso.


38938920 – 28946

Os humanos descobriram tarde demais a bomba nuclear implantada pelo agente Pedro dentro de uma nave da frota.

A explosão da ogiva foi um sucesso, reduzindo o combustível e alimentos da quase extinta humanidade a níveis críticos.

A moral do povo das colônias não mais está alta. Estão todos desolados, várias revoltas ocorrem dentro da frota, denunciando sua natureza egoísta e desorganizada, pronta a se autodestruir em momentos de crise.

Seu fim está próximo.


38920293 – 38940

Usando de manobras desesperadas, os humanos conseguiram ajustar as coordenadas para um salto praticamente suicida. Apenas alguns humanos sobreviveriam, mas, como pragas que são, eles rapidamente proliferariam em Kobol e voltariam a ameaçar nossa existência. Isso não pode acontecer.

Como último recurso, estamos ordenando ao agente Renato que detone o explosivo, implantado pelo próprio, na nave administrativa Colonial 1, que tornar-se-á nada mais que destroços vagando pela galáxia.

Sem a liderança de seu governo, a sociedade humana, que está com a moral perigosamente baixa, não resistirá.

A autodestruição sempre foi o derradeiro destino da humanidade.


38920279 – 38901

Todos os esforços, tanto da humanidade como nosso, foram canalizados para a ogiva em Colonial 1.

A nossa vitória parecia garantida, mas, pouco tempo antes da explosão, a Presidente Almirante Letícia declarou uma medida emergencial, que permitiu aos humanos desativar a bomba.

Não há nada mais que possamos fazer para impedir os humanos.

Nesse exato momento, os menos de cinco mil humanos restantes estão efetuando o salto final para Kobol, onde não poderemos alcançá-los.

Seja por incompetência de nossos agentes ou mérito dos humanos, nós perdemos. Os humanos venceram essa batalha.

A guerra continua.


*** Fim do registro***